De Rider a Dior: 5 sandálias masculinas para ficar em casa com estilo

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Sinônimo de chinelão para ficar em casa, a Rider acaba de lançar uma papete para revolucionar o hábito masculino de usar sandálias. Criada em parceria com o estilista Pedro Andrade, a R NEXT é o primeiro produto de sua nova marca homônima e autoral.

Formado em design industrial e com experiência no desenvolvimento de mobiliários, Pedro Andrade traz fortes influências do universo industrial para suas criações, mas sempre com um viés artístico. “Minha marca autoral é uma evolução da Piet, - que inclusive é meu apelido de criança. Ela é um passo a mais que estou dando na minha carreia como designer, criativo e artista e também como penso sobre tecnologia, sustentabilidade, inovação e moda”, afirma Andrade.

sandalia rider P. andrade (Foto: Divulgação)

Quem também andou inovando no catálogo foi a Gucci, que ao lado do chinelo com uma tira só cruzando o pé (R$ 2060) trouxe a sandália de couro preto com faixa web e detalhe esmaltado Interlocking G Horsebit. Preço sob consulta.

Sandália Gucci de couro (Foto: Divulgação)

sandalia gucci (Foto: Divulgação)

Lançadas na coleção verão 2021, as sandálias Atlas projetadas por Kim Jones combinam inovação e um excepcional savoir-faire. Disponível em três versões - combinando a icônica estampa Dior Oblique com camurça preta ou bege e neoprene preto com camurça cáqui - sua sola é tecida com corda, enquanto as laterais - enfeitadas com malha. O nome “Dior” aparecem nos logotipos do ícone CD, dão a essas peças uma assinatura única. O preço é sob consulta.

Papete Dior (Foto: Divulgação)

A Linus segue investindo no modelo clássico, mas deixou a renovação para a cartela de cores.

Balen-gucci, Balucci ou Gucciaga: o que fica da união de duas marcas?

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Gucci fez 100 anos, comemorados na última quinta-feira (15). E, como toda data de aniversário, é normal olhar para o passado e para o futuro. É nesse mix de tempos que a pausa acontece para entender o que fazer num presente tão incerto. Porque se tem uma coisa que a pandemia trouxe para todos é que nem no minuto mais próximo temos controle. E é com esse desejo de novo mundo, mas sem descartar o que se foi, que o diretor criativo da casa italiana, Alessandro Michelle, trabalhou a narrativa do desfile da coleção Gucci Aria, montada na forma de um filme faseado em três momentos, muito bem captados pelo olhar da diretora Floria Sigismondi. Foi pela mediação de quase cem looks que a marca conseguiu mostrar toda a essência criativa de Michelle, que, como já se sabe diante dos resultados de seus seis anos de estada na grife italiana, veio para fazer história no universo da Gucci e da moda.

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Entretanto, não se pode deixar de mencionar a ousadia que pontuou, com muita excitação dos fashionistas, este momento da Gucci: a presença de uma outra marca de luxo. Balenciaga também estava presente nos takes desse filme emblemático e icônico. A marca, que acabara de se tornar secular, convidou para a festa alguém para apagar as velinhas. Do ponto de vista buzz e furor midiático momentâneo, nenhum problema. A reflexão que se levanta é o quão estratégico é misturar signos e instigar novos significados quando se trata de marcas fortes e concorrentes? Grifes que têm expressões marcantes com forte potência de significados são responsáveis pela conexão com seu consumidor. É na produção de sentido que uma marca reconhece o seu valor em uma sociedade que, embora organizada pelo consumo, vê em símbolos a representação e a aceitação com o tempo em que está inserida.

A conexão emocional do consumo se justifica na relação estabelecida ali, além da transação mercadológica, no que o valor simbólico agrega para um indivíduo. Indivíduo esse que busca pertencer, diferenciar-se e construir sua identidade com elementos de apoio da marca ou produto que consome. Não há como fugir ou negar: buscam-se os códigos do vestir, não a sua funcionalidade, apenas. E é justamente nessa perspectiva antropológica e psicanalítica que se questiona quão frágil pode ser a união de duas marcas que não conseguem justificar, além do hype pelo hype, o quanto tal união faz sentido para a sua singularidade? Quanta compreensão desse mix and match chega para os consumidores com o significado que toda marca histórica e de luxo deve ter? Vale dizer que a perspectiva do questionamento está muito mais para a gestão estratégica das marcas, e não pelo show perfeito em si.

Segundo Michelle, em declaração para a imprensa, a união está longe de ser uma collab, foi uma homenagem que o italiano fez a Demna Gvsália, diretor criativo da Balenciaga. Ele foi o responsável por dramatizar, de forma arquitetônica e urbana, os shapes da grife que, antes de sua chegada, era reconhecida pelos códigos de sofisticação clássicos.

De acordo com matéria publicada pelo The New York Times, assinada pela crítica de moda Vanessa Friedman, a união de duas grifes potentes pode fazer nascer uma terceira marca e promover a queda de alguma, caso se insista nesta união. Bem como Al Ries, autor consagrado por estudar posicionamento de marca, ressalta em sua cartilha: o significado de uma marca é o que está na mente do consumidor, e não nas mãos, somente, de quem cria os produtos.

Num mundo pandêmico, embrulhado com tantas incertezas e de velozes adoções de discursos e movimentos de futuro, reforçar a tradição que uma marca tem gera não apenas valor, mas também um certo feeling de escape contido na segurança que um passado pode proporcionar. Em tempos em que se almeja mudança, nada melhor que movimentos que trazem o frescor de atitudes inovadoras e que remetem a novos tempos. Adotar movimentos que fazem sentido para o contemporâneo é mais do que necessário, mas não a qualquer custo. Melhor dizendo: a qualquer estética. Pois quando se reformulam os signos, mudam-se significados, é inevitável. Toda imagem é um texto. E para uma marca, quando se pensa em brand equity (valor de marca), o texto não pode ser confuso. Aguardemos, se houver, a segunda temporada da série Balen-Gucci, Gucciaga ou Balucci. Ou, quem sabe, o que ficou de compreensão do episódio único da série.

Impulsionadas por Amanda Gorman, buscas por tiara vermelha sobem 560%

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Amanda Gorman usa tiara Prada na inauguração presidencial nos EUA (Foto: Erin Schaff-Pool/Getty Images)

O “efeito celebridade” é um fenômeno conhecido na moda. Vide Kate Middleton e Meghan Markle, que fazem produtos venderem em tempo recorde depois de serem clicadas vestindo-os. Os tempos, no entanto, mudaram e não apenas estrelas de Hollywood e membros da família real inspiram o grande público.

Uma das provas veio nesta semana com a divulgação de dados de busca da plataforma Lyst, que rastreia as pesquisas por produtos de moda na internet, principalmente no hemisfério norte. Uma das descobertas mais curiosas: a busca por tiara vermelha explodiu em 560% depois do sucesso que foi a aparição da jovem poeta Amanda Gorman na posse de Joe Biden, em janeiro. A Lyst leva em conta buscas formais no Google, mas também menções em redes sociais, acompanhando mais de 150 milhões de consumidores.

Senador Bernie Sanders, usando jaqueta Burton Edgecomb, na inauguração presidencial em janeiro de 2021 (Foto: Alex Wong/Getty Images)

E não foi só Amanda que fez sucesso na posse de Biden. Além de ter virado meme, o senador norte-americano Bernie Sanders – que ficou famoso após ser clicado encolhido numa cadeira e um tanto entediado durante a inauguração presidencial – impulsionou as buscas pela jaqueta que ele vestia no evento, da Burton Edgecomb, que subiram 96%.

Pouco mais de um ano desde que o mundo virou do avesso, o novo relatório aponta para um caminho mais otimista em relação a vida pós-isolamento. Além dos dados sobre o efeito Amanda Gorman e Bernie Sanders, a publicação trouxe os primeiros insights sobre o primeiro trimestre de 2021 e mostra que, desde que o último relatório foi lançado em novembro, o otimismo pode ser, sim, traduzido em dados. Exemplo, neste período a busca por saltos altos e vestidos aumentaram 163% e 222%.

O relatório também oferece um ranking das marcas mais desejadas do momento. Quem saiu à frente disparada foi a italiana Gucci. Uma das razões para que a grife, que completa 100 anos em 2021, tenha se destacado deve-se à sua habilidade de “criar momentos de marca que ressoam com o público digital”, segundo a publicação, que cita também o furor despertado pela foto de Lady Gaga e Adam Driver no set do filme “House of Gucci”.

A marca também emplacou o primeiro lugar na lista dos produtos mais desejados do primeiro trimestre do ano. Entre o público feminino, a jaqueta com monograma da coleção The North Face x Gucci foi a peça mais cobiçada entre todas. A coleção em edição limitada entre a grife italiana e a marca e outerwear levou a uma supervalorização dos produtos. A Lyst informou que os revendedores aumentaram o preço original em até 5 vezes. A jaqueta foi também a escolha do fenômeno Billie Eilish na estreia do documentário “Billie Eilish: The World’s A Little Blurry”.

Billie Eilish no documentário “Billie Eilish: The World’s A Little Blurry” (Foto: Koury Angelo/Getty Images for Apple)

Outras peças que se destacaram foram as bolsas de segunda mão da Hermès, que tiveram um aumento de 430%. A bolsa “Kelly”, da grife francesa, tornou-se o segundo produto feminino mais procurado.

Bolsa “Kelly”, da Hermès (Foto: Christian Vierig/Getty Images))

Entre o público masculino, o tênis Adidas YEEZY 450, da linha de Kanye West, alcançou o pódio.