A bolsa transversal é o modelo da vez e nós podemos provar
Crossbody bag (Foto: Divulgação)
Historicamente, homens e bolsas têm um relacionamento complicado. Pesquise no Google as duas palavras juntas e você encontrará perguntas carregadas de ansiedade do tipo “as bolsas masculinas são aceitáveis?” “pode um homem carregar uma bolsa?” “como usar uma bolsa masculina?” e “o que você coloca em uma bolsa masculina?” No passado, a ideia rígida de masculinidade permitia que uma mochila, uma pasta ou que enfiasse o essencial nos bolsos.
Na verdade, o próprio termo “bolsa masculina” é uma tentativa estranha de castração.
As atitudes começaram a mudar há alguns anos. Isso acompanhou o surgimento do streetwear e foi influenciado pelas referências da cultura de rua e da moda dos anos 90. Primeiro as pochetes e depois as bolsas transversais ou crossbody bags, tornaram-se um produto básico da moda masculina. Foi um acéfalo, uma combinação de design utilitário simples e praticidade. O sucesso esmagador das versões das marcas de outdoor e skate foram talvez o que viralizou- pense em Patagonia, The North Face, Supreme e Palace. Nacionalmente falando, muitas marcas têm apostado no modelo. Recentemente a Pace e a Class lançaram novas coleções e a bolsa transversal foi, de fato, o acessório da vez.
Crossbody bag (Foto: Divulgação)
Em uma união do clássico com o contemporâneo, a marca paulistana Pace resgatou suas origens em uma coleção inspirada pelo livro de dona Reiko, a avó do criador e diretor criativo da marca, Felipe Matayoshi. Esse livro retrata a história dos 40 anos de uma cooperativa chamada ‘‘Centro - Leste‘‘, que narra o começo da organização quando cultivava ‘‘SATOUKIBI’’ (Cana de açúcar) até ampliar as plantações para edamame, quiabo e orquídeas, em Okinawa, província pertencente ao Japão. A versão da marca, que vem em 4 opções de cores e materiais, tem forro composto de 100% algodão e vem embutido na costura com um porta cartões em couro, o mesmo utilizado na parte externa.
Crossbody bag (Foto: Divulgação)
A Class chega com um drop em collab com o artista Gds da crew de pixação Oscururu, que revela a dicotomia da arte de rua com a arte acadêmica entre dois artistas andreenses expressadas na sobreposição do pixo às obras concretistas de Luiz Sacilotto. Além de acessórios desenvolvidos em nylon de alta performance, para a crossbody bag, o material escolhido foi couro ecológico.
Crossbody bag (Foto: Divulgação)
No mesmo gatilho, a Fendi lança sua mais nova campanha, inverno 2021, dirigida pelo artista italiano Nico Vascellari, para uma celebração descarada de cor e luz, emergindo da escuridão para o Technicolor completo. Uma bolsa crossbody inspirada em malas de viagem repete a seleção de um couro vista na coleção com monograma FF com listras em relevo.
-
A clássica bolsa Jackie, da Gucci, está de cara nova
-
Você pode fazer sua própria bolsa reciclada na Freitag
A ascensão do it-bag masculino também é simplesmente um negócio. As bolsas são uma das maiores fontes de receita para marcas de luxo globais, então a matemática é simples: faça os homens comprarem bolsas e você venderá o dobro de bolsas. Com os hábitos de consumo cada vez mais moldados pelo espaço de gênero mais neutro do streetwear, a geração mais jovem está se tornando mais confortável com as compras sem gênero no que diz respeito a acessórios – e a bolsa transversal é a escolha ideal para os iniciantes deste bonde.
Gucci lança a coleção ‘Fake Not’ como sátira às imitações da marca
Fake Not, nova coleção da Gucci (Foto: divulgação)
As imitações no mundo da moda são mais do que comuns hoje em dia. Pegando carona nessa onda, a Gucci - que tem seu logo e estampa apropriados ao redor do mundo - lançou sua nova coleção outono/inverno para este ano, nomeada de ‘Fake Not’, como sátira em relação aos produtos falsos que circulam por aí. O diretor criativo da marca italiana, Alessandro Michele, aposta em uma linha que traz peças de streetwear femininas, masculinas e sem gênero. Nas criações, a abordagem irônica aparece no logo falso da Gucci, com a faixa bicolor que foi vista pela primeira vez ainda nos anos 80.
Fake Not, nova coleção da Gucci (Foto: divulgação)
Fake Not, nova coleção da Gucci (Foto: divulgação)
Fake Not, nova coleção da Gucci (Foto: divulgação)
Michele aposta na iconografia dos anos 80 e a estampa tradicional da Gucci, com os ‘G’ entrelaçados, aparecem em alguns clássicos da marca, como o tênis Ace e bolsa de mão. Inclusive, todas as peças são marcadas com a palavra ‘Fake’ de um lado e ‘Not’ do outro. Além das bolsas, pochete, carteira e mochila, a Gucci também apostou em uma nova parka e um moletom e nestes itens, as estampas vêm acompanhadas do letreiro amarelo tanto na peito quanto nas costas.
Louis Vuitton lança bolsa de avião mais cara que… um avião de verdade
Redação Hypeness - 06/04/2021 | Atualizada em - 12/04/2021
Conhecido por pensar fora da caixinha, o diretor artístico de moda masculina da Louis Vuitton, Virgil Abloh, pode ter, finalmente, encontrado um ‘limite‘ para o design. Entre as peças exclusivas da coleção masculina Louis Vuitton Outono/Inverno 2021 está a ‘Keepall‘, uma bolsa em formato de avião que custa por volta de US$ 39.000. Ou seja, o produto sair por ‘pouco’ mais do que R$ 218 mil.
– Acaba capitalismo: Louis Vuitton lança casaco de quase R$ 50 mil feito de pelúcias penduradas
Para ‘justificar‘ o preço, a bolsa possui asas de avião completas com motores a jato gravados com os logotipos exclusivos da grife luxuosa. Um usuário do Twitter apontou outro fator interessante sobre a peça. A bolsa da Louis Vuitton é mais cara do que um avião de verdade. Um monomotor Cessna 150H 1968 usado pode ser encontrado por US$ 32.300 no eBay. Cerca de R$ 170 mil.
– Louis Vuitton lança escudo facial de R$ 5 mil que reage aos raios solares
You can buy an actual plane for less. pic.twitter.com/Egwh3A7tcp — 🦜 Valeska 🦈 Vaccinated 💉 (@vah0603) April 3, 2021
– A incineração de artigos de luxo por grife acende debate sobre consumismo
A coleção de Virgil Abloh foi batizada de ‘Tourist vs Purist‘, algo como ‘turista contra purista‘ em tradução livre. E, segundo ele, é uma exploração autobiográfica da sua herança africana e do que significa ser um diretor criativo afro-americano na Europa – se você ficou confuso na hora de ligar os pontos entre os assuntos, não se preocupe! Nós também ficamos.