Princesa Diana: relembre os seus 9 vestidos mais icônicos

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Princesa Diana e John Travolta durante dança na Casa Branca. Ronald e Nancy Reagan podem ser vistos atrás (Foto: Corbis via Getty Images)

Quando Diana, a Princesa de Gales, passou de garota inglesa de classe alta a uma das joias da coroa da Inglaterra, ela aprendeu como causar impacto com suas roupas - especialmente com seus vestidos. “Ela sabia que o vestido de veludo azul meia-noite de Victor Edelstein, que usou quando dançou com John Travolta na Casa Branca, era incrível e isso a emocionava”, lembrou a ex-editora adjunta da Vogue britânica Anna Harvey, que fez o styling de Diana na edição de outubro de 1997 da revista.

Suas escolhas obstinadas quando se tratava de glamour valeram a pena. “Eu não gostava de vestidos de uma manga, mas Diana os amava e, em sua segunda viagem pela Austrália, eu aprendi que ela não conseguia se convencer de certas coisas… Quando vi suas fotos no jornal usando um vestido Hachi branco bordado de uma manga, percebi que seus instintos estavam certos. Ela parecia sensacional, mas a instituição odiava. Era muito revelador, eles não achavam que era da realeza."

Abaixo, reunimos nove vestidos marcantes de Diana que definiram sua elegância e postura sob os holofotes, desafiando seus detratores.

Princesa Diana (Foto: Getty Images)

O fabuloso vestido de babados que mudou sua imagem para sempre

O vestido de cetim preto Emanuel que Diana usou em seu primeiro compromisso público oficial com o príncipe Charles mudou a opinião pública sobre ela da noite para o dia. Diana deixou de ser aquela professora de jardim de infância que ficava constrangida diante das câmeras para se tornar Lady Di, uma verdadeira celebridade pela qual a imprensa se apaixonou. “Foi espantoso”, disse Elizabeth Emanuel, metade da dupla de designers por trás do visual de mudança de imagem, à Vogue britânica. “Assistimos ao nascimento de um ícone da moda diante dos nossos olhos.”

Princesa Diana na festa de verão da Serpentine Gallery em 1994 (Foto: Getty Images)

O vestido da vingança

A decisão da princesa Diana de usar o little black dress Christina Stambolian na festa de verão da Serpentine Gallery, em junho de 1994, foi de última hora. Ela estava planejando usar Valentino, mas mudou de ideia: era a noite em que um polêmico programa de televisão foi ao ar, detalhando o relacionamento adúltero do Príncipe Charles com Camilla Parker-Bowles, agora Duquesa da Cornualha. “Ela queria parecer arrebatadora”, lembrou Harvey. “E parecia.”

Princesa Diana no casamento com príncipe Charles em 1981 (Foto: Getty Images)

O (excessivo) vestido de noiva

“O importante era muito drama e que Diana parecesse uma princesa de contos de fadas”, disse Elizabeth Emanuel à Vogue britânica. “Era o vestido típico do início dos anos 80 - exagerado, romântico, com muitos babados - mas tínhamos que fazer muito bem porque sabíamos que ia ficar para a história… Diana naquela época ainda estava desenvolvendo seu senso de estilo, então ela deixou isso conosco e com o novo romantismo da nossa marca." Como resultado, milhares de noivas dos anos 80 encomendaram vestidos igualmente ornamentados para seu grande dia, inspirados no casamento de Diana e Charles, realizado em 1981.

Princesa Diana de Versace (Photo by Tim Graham Photo Library via Getty Images) (Foto: Tim Graham Photo Library via Get)

O vestido Versace

Por um breve período em meados dos anos 90, quando a Versace estava no auge, Diana irradiava confiança nos vestidos justos de seu amigo Gianni. Na edição de julho de 1997 da Vanity Fair, da qual Diana era a estrela da capa, o estilista disse sobre a princesa: “Eu fiz uma prova com ela na semana passada para novos ternos e roupas para a primavera, e ela está tão serena. É um momento em sua vida, eu acho, que ela se encontrou - o jeito que ela quer viver. ”

Princesa Diana no British Fashion Awards em 1989 (Foto: UK Press via Getty Images)

O vestido Elvis

Este vestido Catherine Walker com um bolero combinando, decorado com 20.000 pérolas bordadas, foi a maneira de Diana prestar homenagem ao Rei do Rock. “Cada vez que vejo a princesa com aquele vestido, não consigo deixar de pensar que ninguém mais poderia ter usado aquele look”, refletiu Walker anos depois. “Ela brilhava com o vestido e o vestido brilhava com ela a envolvendo em um tubo de pérolas cintilantes.”. A princesa usou o modelo pela primeira vez em um evento oficial em Hong Kong, em 1989, e depois no Birtish Fashion Awards no mesmo ano. Agora está na coleção do museu Victoria & Albert, emprestado pela The Franklin Mint, que adquiriu o look em 1997 em um leilão beneficente na Christie’s.

Lady Di no Festival de Cannes de 1987 (Foto: WireImage)

O vestido Grace Kelly

Este vestido de tule azul claro de Catherine Walker, com uma estola espetacular caindo em cascata da nuca da princesa, foi inspirado na elegância discreta de Grace Kelly no filme “Ladrão de Casaca”, de Alfred Hitchcock. Lady Di usou este modelo drapeado no Festival de Cinema de Cannes de 1987, que desde então apareceu em incontáveis moodboards de estilistas. 16 anos depois, foi vendido em leilão por 81.000 libras.

Princesa Diana e John Travolta durante dança na Casa Branca (Foto: Corbis via Getty Images)

O vestido Travolta

O espetacular vestido ombro a ombro, de silhueta sereia e veludo azul meia-noite, no qual Diana dançou com John Travolta na Casa Branca, entrou para a história da moda da realeza. “Eu provavelmente poderia esboçá-lo em minha mente porque era muito específico”, Travolta refletiu mais tarde sobre o vestido que ajudou a redefinir os códigos de vestimenta formal do estado. E como Lady Di dança? “Isso me surpreendeu. Foi ela quem me levou.”

Princesa Diana na première de Octopussy em 1983 (Foto: Tim Graham Photo Library via Getty Images)

O vestido Bond

O que uma princesa veste para uma estreia de James Bond? Diana fez o coração dos paparazzi acelerar quando chegou ao tapete vermelho de “Octopussy”, em 1983, com este vestido de noite branco de uma manga só do designer japonês Hachi, coberto de bordados brilhantes. A prova de seu impacto de roubar a cena são as 60.000 libras que o vestido posteriormente arrecadou em um leilão na Christie’s.

Princesa Diana no Met Gala de 1996 (Foto: NY Daily News via Getty Images)

O slip dress do Met Gala

Em 1996, poucas semanas antes de finalizar seu divórcio do príncipe Charles, a princesa Diana fez sua primeira e única aparição no Met Gala. Para o grande baile anual beneficente do mundo da moda, Lady Di escolheu um slip dress azul escuro com detalhes em renda preta, da primeira coleção de John Galliano na Dior. Ela o complementou com a mesma gargantilha de pérolas que acompanhava seu “vestido da vingança” dois anos antes.

A silhueta na berlinda: espartilho volta à moda e provoca polêmica

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Nas cenas iniciais de Bridgerton, o onipresente seriado da Netflix passado na primeira década do século XIX, na antessala da era vitoriana, uma dama de companhia aperta até não mais poder o espartilho da jovem Prudence Featherington. “Ela não vai respirar, mãe?”, pergunta a irmã. “Na idade dela eu apertava a cintura até o tamanho de uma laranja e meia”, responde a matriarca. No TikTok, ali onde vicejam todas as ondas do mundo, inclusive as grandes bobagens, há um torneio, o corset challenge, cujo ridículo desafio é dar um apertão no acessório até que a silhueta fique finíssima, ao som de uma canção que diz o seguinte: “Você traz os corsets, nós fazemos os apertos; ninguém quer uma cintura com mais de 23 centímetros”.

Já não há, portanto, dúvida: ao passear vivamente pelo streaming e pelas redes sociais, o estilo anda nos corações e mentes. Beyoncé apareceu com uma cinta metálica da Burberry na festa depois da cerimônia do Grammy. A cantora Dua Lipa também surgiu espremida. A empresária-­pop Kylie Jenner idem. E brotou, espetacularmente, uma pergunta: as mulheres devem usar espartilho, em plena era de briga intensa contra os estereótipos? Como moda é história, sempre que se tentou mexer na silhueta feminina houve ruído. Logo depois da II Guerra Mundial, como resposta aos anos de restrições, de falta de pano e de postura compulsoriamente discreta, o estilista francês Christian Dior (1905-1957) lançou um movimento, em 1947, que seria chamado de New Look — embora ele mesmo nunca tenha usado a expressão. Era um aceno ao passado, explorando os perfis das mulheres, tornando-as mais sensuais. As saias tinham de ser amplas e rodadas, com comprimento invariavelmente de 40 escassos centímetros acima do chão. A cintura, sempre marcada, exageradamente afinada por cintas e espartilhos. Fez sucesso, entrou na moda, rodou o mundo, mas alimentou protestos. A crítica: podia ser bonito (e era), podia ser sexy (e era), mas talvez representasse um retrocesso comportamental, no avesso do vestuário prático, afeito ao trabalho e não à beleza.

Nos Estados Unidos, como resposta, despontou um pequeno mas ruidoso movimento contrarrevolucionário, digamos, o The Little Below the Knee Club (O Clube um Pouco Abaixo do Joelho), que defendia a retomada do estilo mais pé no chão, menos espalhafatoso, como imaginado por Coco Chanel entre 1920 e 1930. Mas, afinal de contas, Dior era um retrógrado? Não. Em suas memórias, ele revelou sempre ter desenhado para evocar a “infância feliz e burguesa, um passado cheio de esplendor”, que virou fumaça quando a fortuna familiar foi corroída pela crise.

A redescoberta da cintura fina, hoje, talvez represente uma resposta contra a dureza do cotidiano imposto pela pandemia. Pode não ser, portanto, uma simples marcha a ré. É mais complexo e, por isso mesmo, mais fascinante. Quem sabe não seja apenas vontade de viver — embora se entenda a grita de quem já não aceita a moda como mero instrumento estético. “A cantora Madonna, na década de 80, usou o item como expressão de sensualidade”, diz Carla Cristina Garcia, professora da pós-graduação em psicologia social da PUC de São Paulo.

Seria exagero, é claro, dizer que há uma volta ao Renascimento, quando os corpetes surgiram, assemelhando-se às proteções dos cavaleiros medievais. Só os usa quem quer, e recusar a beleza ancorada no desconforto é em si uma postura de rebeldia. “Mas convém lembrar que o uso de peças que provocam mudanças no corpo é estratégia comum do vestuário desde sempre”, diz João Braga, professor de história da moda da Faap. Ressalte-se ainda, em nome de quem gosta da onda, que não há exatamente contraindicação médica entre mulheres adultas, como faz parecer o desmaio das personagens de Bridgerton, que chegam a perder o ar. “O espartilho só é nocivo às meninas abaixo dos 14 anos ou mulheres com problemas preexistentes na coluna”, diz Marcelo Kokis, ortopedista no Hospital Norte D’or, no Rio. Cabe u­­sá-lo, sim, sem problema, mas com a devida moderação.

Publicado em VEJA de 21 de abril de 2021, edição nº 2734

Ronda de looks: Yara Shahidi de pijama, Rihanna com minissaia estilosa e mais destaques da semana

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A gente sabe que a motivação para colocar um lookinho especial não está lá essas coisas, afinal, continuamos a viver uma pandemia e a quarentena se faz ainda mais necessária nesse momento com o alto número de infecctados pela COVID-19 no Brasil. Mas seja para ficar em casa ou para sonhar com as produções que serão usadas quando pudermos nos reunir novamente após a vacina (chega logo, por favor!), as inspirações são um jeito de não esquecermos completamente que ainda existe vida lá fora e que, logo, logo, poderemos voltar a nos vestir para fazer as atividades que amamos. Por isso, arraste para baixo e confira os visuais das famososas que são ótimas ideias para deixarmos salvas na pasta de referências!

Yara Shahidi

Quem disse que um visu pijama não pode ser chique e glamouroso? Ninguém, ninguém mesmo, não é, Yara? A atriz usou um conjunto monogramado da linha de loungewear da Dior para a premiação NAACP 2021 Image Awards, que aconteceu no último final de semana. O chinelo com a mesma estampa e brincos de argola da Cartier completaram o look.

Yara Shahidi (Foto: @jasonbolden)

Rihanna

Neste visual assinado por Rick Owens, Rihanna apostou em duas grandes tendências que estão bombando: a saia curta com recortes e acabamento de couro fake (ou vinil) e blusa com amarrações na barriga.

Rihanna (Foto: Getty Images)

Hailey Bieber

Você reparou que o macacão de tricô virou “o” look da quarentena? Confortável e estiloso, ele está fazendo sucesso no screen style e a modelo, que adora uma boa tendência fashionista, já garantiu a sua versão da grife Jacquemus.

Hailey Bieber (Foto: @haileybieber)

Jéssica Ellen

O top cropped com textura de pelinho deixa qualquer produção mais estilosa e é uma ótima aposta para a meia-estação.

Jessica Ellen (Foto: @jessicaellen)

Ariana Grande

A cantora escolheu um look todo de animal print da Lanvin para anunciar que será a nova jurada do programa The Voice norte-americano. O maxi cinto completou o visual com muito estilo.

Ariana Grande (Foto: @arianagrande)

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Kylie Jenner

A empresária é fã das produções sexy e, nos últimos tempos, está adorando apostar nos recortes “teia de aranha”, que dão esse efeito super rasgado às peças e lembram os fios de teia produzidos pelo animal.

Kylie Jenner (Foto: @kyliejenner)

Pabllo Vittar

E falando em sexy, este look monocromático com vestido de manga curta com um super recorte na barriga ficou ainda mais sensual com o corselet por cima.

Pabllo Vittar (Foto: @pabllovittar)

Normani

Nesta produção, a cantora montou um visual na maior vibe anos 1990, com direito a regata branca cropped, top colorido aparente, calça jogger e sapato fluorescente.

Normani (Foto: @normani)

Camila Queiroz

A atriz investiu em uma vibe tomboy neste look e comprovou duas coisas: 1) que o top bralette (esse estilo que lembra, literalmente, um sutiã) continua com tudo e 2) que a meia na canela é sempre um bom complemento para qualquer look.

Camila Queiroz (Foto: @camilaqueiroz)

Qual visual foi o seu favorito?